Dulcindo Figueiredo (Duda) consegue na Justiça o direito de retornar ao cargo de vereador
A Justiça concedeu o retorno imediato do vereador Dulcindo Figueiredo dos Santos ao cargo na Câmara Municipal de Aragarças, após mais de 90 dias de afastamento. A decisão foi reafirmada nesta semana, quando a juíza responsável pelo caso negou o pedido de reconsideração feito pelo presidente da Câmara, Emerson Borges Leão.
Entenda o Caso
Dulcindo ingressou com um mandado de segurança, alegando que seu afastamento havia ultrapassado o limite legal de 90 dias, conforme prevê a legislação. A juíza analisou os documentos e concedeu uma liminar, autorizando seu retorno ao cargo, desde que não houvesse outro motivo formal que justificasse sua permanência fora da função.
Contudo, o presidente da Câmara contestou a liminar. Emerson Leão alegou que o prazo de afastamento só começou a contar oficialmente em 7 de março de 2025, data em que Dulcindo teria sido formalmente notificado da decisão.
Análise Judicial
A juíza discordou dessa interpretação e manteve sua decisão inicial. Em sua análise, destacou que:
Apesar da notificação oficial ter ocorrido em março, os efeitos práticos do afastamento começaram ainda em 10 de fevereiro, quando Dulcindo teve o salário suspenso e seu suplente foi convocado.
A contagem do prazo deve ser baseada na data em que o vereador efetivamente deixou o exercício do cargo, e não na data da notificação formal.
A decisão liminar anterior já estava bem fundamentada com as provas apresentadas.
Não houve fatos novos ou elementos que justificassem a reconsideração da medida.
Decisão Final
Com isso, a juíza:
Negou o pedido de reconsideração apresentado pela presidência da Câmara.
Manteve a liminar que determina o retorno imediato de Dulcindo Figueiredo ao cargo.
Ordenou o cumprimento imediato da decisão, além da intimação das partes e da expedição de ordens necessárias.
Desdobramentos
A decisão reforça o princípio da legalidade dos prazos de afastamento de parlamentares e chama a atenção para a importância da observância dos efeitos práticos nas decisões administrativas.
Dulcindo deve reassumir seu posto ainda nesta semana. A Câmara Municipal, por sua vez, deverá se adequar à determinação judicial sob pena de descumprimento de ordem judicial.
